Confira
o relato do Ricardo que esteve em Noronha de setembro a novembro de 2016:
“Como
profissional em turismo, foi muito legal ver a diferença entre as duas unidades
de conservação, já que uma delas é o Parque Nacional Marinho onde é permitido
somente pesquisa e ecoturismo, e a outra é uma Área de Proteção Ambiental
(APA), onde você encontra toda a infraestrutura (Hotéis, aeroporto, BR,
restaurantes, projetos de conservação, etc). Cada área tem as suas regras de
uso público.
Também,
foi muito interessante ver como operam os passeios, já que determinados locais
têm a sua capacidade de carga diária, alguns são autoguiados enquanto em outros
é obrigatório contratar um guia. Cada lugar tem a sua regra, conforme o estudo
previamente feito pelos gestores das UCs. Por exemplo, em algumas praias, só
pode entrar na água usando colete salva vidas para evitar que os turistas pisem
nos corais e causem impacto ambiental.
Gostei
muito de ver como os diferentes projetos de conservação atuam no
desenvolvimento de atividades de educação ambiental e pesquisa. Seja com
corais, tartarugas, golfinhos rotadores, tubarões, aves marinhas, e até
espécies invasoras.
Toda
semana chegavam diferentes pesquisadores no alojamento do ICMBio, a maioria da
área da biologia, para fazer determinada pesquisa no Arquipélago. Fiz amizades
com as quais converso até hoje.
O que
mais gostei foi da beleza natural local, poder mergulhar nas águas cristalinas,
olhar a diversidade marinha do parque nacional, onde você encontra diversas
espécies de peixes, tartarugas, tubarões, raias, golfinhos, corais, etc.
Para o profissional
em turismo recém formado, é muito importante saber a diferença entre o trabalho
e a diversão, já que você está o tempo inteiro em um ambiente que outras
pessoas consideram como de lazer, mas você está trabalhando!
Sempre
há tempo para curtir a ilha, mas só depois das horas de trabalho. Atualmente
estou trabalhando em outro projeto de pesquisa em Parques Nacionais nos Estados
Unidos, ajudando a coletar dados de uso público em diferentes sítios dentro do
parque. O Serviço Florestal (Forest Service), que seria o equivalente ao ICMBio
no Brasil, faz o levantamento desta pesquisa para saber quantos visitantes
visitam as diferentes áreas do parque, e qual é a sua opinião sobre
determinadas aéreas.
Além de
coletar dados demográficos, econômicos e de satisfação. Está sendo uma
experiência muito diferente à de Fernando de Noronha, não somente por ser outro
país e outra língua, mas também porque estou sozinho em uma cidade muito
isolada. Vou diariamente a diferentes sítios onde a pesquisa é feita. Aqui a responsabilidade
é redobrada, já que os meus superiores moram em outro estado. Portanto confiam
no trabalho que estou realizando aqui, e para mim isso é muito importante. Algo
que aprendi a agradecer somente hoje, foram todas as aulas de inglês que fiz na
minha infância. Até os meus 29 anos de idade, quase nunca tinha utilizado esse
conhecimento, e não é que eu tenha um inglês 100% fluente, mas acredito que
tenho uma base sólida e a vontade de melhorar e aprender mais.”
E agora...ache o Ricardo na foto em Floresta nos EUA rsrs:
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