segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Retrospectiva UEPG em Noronha – Ricardo Javier Hurtado Alvarez -2016

 


Confira o relato do Ricardo que esteve em Noronha de setembro a novembro de 2016:

 

“Como profissional em turismo, foi muito legal ver a diferença entre as duas unidades de conservação, já que uma delas é o Parque Nacional Marinho onde é permitido somente pesquisa e ecoturismo, e a outra é uma Área de Proteção Ambiental (APA), onde você encontra toda a infraestrutura (Hotéis, aeroporto, BR, restaurantes, projetos de conservação, etc). Cada área tem as suas regras de uso público.

Também, foi muito interessante ver como operam os passeios, já que determinados locais têm a sua capacidade de carga diária, alguns são autoguiados enquanto em outros é obrigatório contratar um guia. Cada lugar tem a sua regra, conforme o estudo previamente feito pelos gestores das UCs. Por exemplo, em algumas praias, só pode entrar na água usando colete salva vidas para evitar que os turistas pisem nos corais e causem impacto ambiental.

Gostei muito de ver como os diferentes projetos de conservação atuam no desenvolvimento de atividades de educação ambiental e pesquisa. Seja com corais, tartarugas, golfinhos rotadores, tubarões, aves marinhas, e até espécies invasoras.

Toda semana chegavam diferentes pesquisadores no alojamento do ICMBio, a maioria da área da biologia, para fazer determinada pesquisa no Arquipélago. Fiz amizades com as quais converso até hoje.

O que mais gostei foi da beleza natural local, poder mergulhar nas águas cristalinas, olhar a diversidade marinha do parque nacional, onde você encontra diversas espécies de peixes, tartarugas, tubarões, raias, golfinhos, corais, etc.




Para o profissional em turismo recém formado, é muito importante saber a diferença entre o trabalho e a diversão, já que você está o tempo inteiro em um ambiente que outras pessoas consideram como de lazer, mas você está trabalhando!

Sempre há tempo para curtir a ilha, mas só depois das horas de trabalho. Atualmente estou trabalhando em outro projeto de pesquisa em Parques Nacionais nos Estados Unidos, ajudando a coletar dados de uso público em diferentes sítios dentro do parque. O Serviço Florestal (Forest Service), que seria o equivalente ao ICMBio no Brasil, faz o levantamento desta pesquisa para saber quantos visitantes visitam as diferentes áreas do parque, e qual é a sua opinião sobre determinadas aéreas.




Além de coletar dados demográficos, econômicos e de satisfação. Está sendo uma experiência muito diferente à de Fernando de Noronha, não somente por ser outro país e outra língua, mas também porque estou sozinho em uma cidade muito isolada. Vou diariamente a diferentes sítios onde a pesquisa é feita. Aqui a responsabilidade é redobrada, já que os meus superiores moram em outro estado. Portanto confiam no trabalho que estou realizando aqui, e para mim isso é muito importante. Algo que aprendi a agradecer somente hoje, foram todas as aulas de inglês que fiz na minha infância. Até os meus 29 anos de idade, quase nunca tinha utilizado esse conhecimento, e não é que eu tenha um inglês 100% fluente, mas acredito que tenho uma base sólida e a vontade de melhorar e aprender mais.”

E agora...ache o Ricardo na foto em Floresta nos EUA rsrs:




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